quarta-feira, 14 de julho de 2010
A minha vida
Já joguei tudo pro alto e desejei morrer. Já desisti disso e fui à luta. Já morri de rir e bebi até cair. Já me arrependi e quis voltar atrás. Já iludi, já fui iludida, já permiti que uns e outros criassem conceitos errados sobre mim, e depois não me importei, já provei pra todo mundo que eu não preciso provar nada pra ninguém, já me senti culpada e a angústia me invadiu a alma, já chorei por ter pedido quem eu nunca tive e deixei que o tempo curasse as feridas abertas ao longo da vida, já chorei de raiva e matei pessoas em meu coração, já as perdoei e pedi a Deus que o sentimento ruim fosse embora, já quis ser perfeita e me machuquei, já tentei falar sobre mim, mas não consegui, já me decepcionei e quis lidar com isso, mas a decepção me apunhalou de surpresa, descobri que preciso conhecer mais sobre a sua mãe, dona expectativa. Já sofri por não entender e, depois do aprendizado, ri de mim mesma. Já quis ser mãe de milhares de crianças, mas não desejei sentir uma em meu ventre, em seguida, uma lágrima de emoção rolou em minha face e percebi que essa deve ser uma das melhores sensações do mundo. Já quis mudar pessoas, mas descobri que isso não depende de mim. Já esculachei e senti repugnância de tal atitude. Já amei e construí meu castelinho de areia à beira-mar, as águas agitaram-se e minha construção desmoronou, não me importei em construir cada pedacinho novamente e, desta vez, aperfeiçoei com zelo, amor e rochas indestrutíveis. Já fiz escolhas que mudaram completamente minha vida e não me arrependi. Já quebrei a cara diversas vezes por acreditar que um dia as pessoas se tocam e mudam. Quebrei a cara, mas não deixei de acreditar nisso. Aprendi através da falha. Errei e caí, o entendimento veio logo após a queda. E sigo aprendendo, tentando ser alguém melhor. De cada situação, eu quero tirar uma lição.
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