terça-feira, 17 de julho de 2012

Daquele brilho de estrela



Para a minha inquietação, percebi que o céu à noite é diferente em cada lugar. Porque busquei estrelas incansavelmente em um céu cujo manto fora encoberto por luzes artificiais, engoli em seco enquanto vislumbrava os arranha-céus rindo de minha quase inocência. Vi as casas e as pessoas passando velozmente, manchas de tudo o que vivi. E as constelações encobertas, longe do alcance de meu campo de visão murmuraram meus segredos insondáveis. Estremeci sentindo a brisa gelada que cortou o meu rosto naquela noite cujas estrelas enegrecidas esconderam-se. Tudo bem, repeti mentalmente, pois quando fica impossível enxergar o brilho das estrelas olhamos para dentro, e se já o vimos algum dia, então o veremos sempre. 

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